Levar a palavra de Deus e orar por doentes terminais não é uma tarefa
nada fácil. Porem importantíssima e muito necessária pois cremos que a vida não
acaba com a morte do corpo físico e por isso falar de Salvação e vida Eterna é
um tesouro de valor incalculável.
Um dia, fomos chamados para falar de Salvação a um paciente muito doente
e em fase terminal.
Recordo-me como se fosse hoje!
Eu e minha líder de grupo Rosemere chegamos ao hospital sem saber de
nada do que estava acontecendo.
A nossa ideia era chegar lá, levar uma palavra de fé para o enfermo e
sua família e depois clamar a Deus por sua cura.
Porem quando chegamos no andar da enfermaria, Deus me disse bem assim:
Vocês terão que serem fortes.
Terão que fazerem o trabalho e levar um pouco de fé, esperança e alegria
da Salvação ao doente e seus familiares.
Amados
Naquele momento eu percebi que algo muito grave estava acontecendo.
Parei a minha líder no corredor e contei tudo que recebi e senti pra
ela.
E ela compreendeu.
Naquele momento precisávamos colocar as emoções de lado e ser um
mensageiro do Senhor!
Vou contar um segredo pra vocês:
Evangelistas, também choram em segredo, também sofrem, muitas vezes
perdemos o sono na madrugada porque nos preocupamos com o povo, os membros e clamamos
muito para que Deus os atenda.
Muitas vezes o amor nos leva a nos preocupar muito mais com o nosso
próximo do que com nós mesmos.
Mais voltemos ao hospital.
Agora, estávamos próximos a porta da enfermaria, respiramos fundo e
entramos com um olhar de amor para com todos.
Foi aí que descobrimos o que o Senhor tinha dito:
Antes de nós, já tinha sido enviado um grupo de obreiros e obreiras
altamente qualificados para esta visita.
E todos nos encontramos naquela enfermaria, só que o clima estava muito
tenso.
O paciente em fase terminal agonizava, e todos ali estavam chorando.
Tanto familiares quanto obreiros e obreiras.
Tivemos mesmo que sermos fortes!
Ignoramos a cena, colocamos a fé em Deus em primeiro lugar, com carinho
impusemos a mão sobre o enfermo e fizemos a oração da fé.
Depois da oração, houve uma melhora no paciente, ele nos olhou, estendeu
a mão e nós seguramos a mão dele enquanto falávamos.
E aproveitamos muito para falar o máximo sobre Deus, Jesus Cristo e a
Salvação.
Ele nos ouviu, aceitou a Cristo, fizemos um batismo simbólico dele com
um pouquinho de água e ele chegou a sorrir.
Louvado seja Deus!
O clima naquela enfermaria mudou e logo ficou mais leve, como quem se
sente protegido pelo Criador.
Abençoamos a ele e a sua família e voltamos para a Igreja.
Dias depois, cerca de três dias, soubemos do falecimento daquele Senhor.
Mas acreditamos que o Senhor Deus lhe deu um lugar de descanso, onde não
há morte, nem dor, um lugar de Paz onde ele aguarda junto com os Salvos o dia
de tomarmos posse de tudo que Jesus prometeu.
E como ensinou o apostolo Paulo:
"Porque para mim o viver é Cristo,
e o morrer é ganho."
Filipenses 1:21
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